13 de agosto de 2021

Um em Dois

 UM EM DOIS

Uma das faces do Mau Juiz do Fresco de Monsaraz assenta perfeitamente no rosto do Santo do painel do Arcebispo dos Painéis...!!!





15 de junho de 2021


Este ensaio explora as influências que os Painéis exerceram sobre outras obras, em especial no conhecido Fresco de Monsaraz. Completa e unifica o chamado "documento de Pereira Pestana" que tem sido, desde sempre, divulgado incorrectamente. Identifica a figura de D. Afonso V com muita segurança. E ainda desenvolve outros temas, alguns polémicos...

Descarregar gratuitamente o ficheiro pdf (a partir de 26/06/21):

27 de março de 2021

O Inventário de 1754

 (in Os Painéis-Últimas Páginas, 2020, 1º capítulo)

O inventário realizado em 1754 aos bens que o primeiro cardeal-patriarca de Lisboa, D. Tomás de Almeida, deixou após a sua morte, inclui o levantamento aos bens móveis existentes nos seus palácios da Mitra de Marvila e de Santo António do Tojal, nos quais despendeu, antes de os ir habitar (c.1740), avultadas verbas com obras de remodelação dos interiores e com as aquisições de diversos artigos para os respectivos recheios.

No rol relativo ao palácio de Marvila identificamos mais de 120 pinturas executadas sobre diversos materiais (tábua, tela, cobre e lâminas de diversos tipos), com dimensões que vão dos 33x33cm até aos 330x187cm. Os temas descritos são na maior parte religiosos. São citados treze retratos dos arcebispos de Lisboa e outros seis relativos a pontífices. É indicado um painel com uma cena de uma batalha. Cerca de três dezenas de pinturas não têm qualquer descrição, das quais nove foram executados sobre madeira.

Este inventário contém referências aos painéis que constituíram o Retábulo de S. Vicente que existiu na capela-mor da Sé de Lisboa e, igualmente, à série dos quatro Santos que terão tido nesta relação a sua primeira referência documental. Não temos conhecimento de este documento ter sido alguma vez citado nas mais diversas publicações e artigos relativos à chamada “questão dos Painéis”, pelo que será mais um inédito a acrescentar aos outros testemunhos que já divulgámos relativamente a esta temática.

Encontrámos este documento num site[1], desenvolvido pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, sobre “A Casa Senhorial”. A transcrição paleográfica do original, que se encontra depositado na Torre do Tombo[2], foi efectuada por Lina Maria Marrafa de Oliveira[3].


Em busca dos Painéis

Será que podemos encontrar os seis Painéis do MNAA neste rol de bens? Para o efeito temos que restringir a nossa análise apenas às trinta e três pinturas, cujos relatos afirmam que foram realizadas sobre madeiras (pau, tábua). Vamos agregá-las em quatro grupos:

 

I- O descritivo relativo aos catorze painéis do Retábulo de S. Vicente:

·   Quatro paineis ao devino de des palmos de alto cada hum e sinco de largo molduras todas douradas pintura em páo que contem a Vida de São Vicente Martir. [na caza ante a ultima camera]

·     Mais outo paineis ao devino pintura em pao molduras todas douradas de dés palmos de alto e sinco de largo que contem a vida de São Vicente Martir. [na 3ª casa]

·     Mais dois paineis ao devino molduras anogueiradas e os frizos dourados tambem da vida de São Vicente de quinze palmos de alto e outo de largo. [na 3ª casa]

 

II- As narrações referentes aos quatro Santos:

·     Dous paineis mais ao devino pintura em páo hum de Santo Ildefonço, e outro de São Francisco molduras todas douradas de outo palmos de alto e sinco de largo cada hum. [na caza ante a ultima camera]

·   Dous paineis ao Devino pintura em pao hum de São Pedro, e outro de São Paulo molduras pretas com frizos dourados de nove palmos de alto e sete de largo. [na caza ante a ultima camera]

 

III- Os textos sobre os nove quadros atrás salientados, executados sobre madeira, que nos fornecem as suas dimensões, mas que são omissos nos seus descritivos:

·    Quatro paineis grandes ao devino pintura em pao molduras todas douradas de tres palmos de alto e outo de largo pintura gótica. [na 3ª caza]

·     Outro painel ao devino pintura em pao moldura dourada de tres palmos e meio de alto e dous e meio de largo. [na 3ª caza]

·     Quatro paineis ao devino pintura em taboa molduras pretas com frizos dourados doze palmos de alto e quatro de largo. [na outra caza contigua]

 

IV- Finalmente, para prefazer as trinta e três pinturas execuadas sobre tábuas, faltam seis painéis que têm dimensões relativamente pequenas (entre 2x2,5 palmos e 8x2 palmos) e descrições bastante claras: uma batalha, a Ressureição de Lázaro, Nossa Senhora com o Menino, S. João Batista e S. João Evangelista.

 

Assim, logo à partida, os Painéis não podem estar incluídos nos quadros dos grupos II e IV. No primeiro, devido aos descritivos dos Santos e, no segundo, não só pelas descrições como também pelas suas dimensões. Logo, sobram os grupos I e III.

 

Grupo I

Quanto aos catorze painéis, descritos como relativos à Vida de S. Vicente Mártir temos:

·     Doze painéis com as medidas de 10x5 palmos, o que equivale a 220x110 cm, de onde concluímos que:

o Os Painéis do Infante (206x128 cm), do Arcebispo (206x128 cm) e, tal como foram encontrados em S. Vicente de Fora, os dos Frades+Relíquia (207x127 cm) e os dos Pescadores+Cavaleiros (207x124 cm), terão que ser excluídos porque as suas larguras não cresceram, entretanto, dos 110 cm (em 1754) para os 124/128 cm actuais…

o   Os quatro Painéis laterais (Frades, Pescadores, Cavaleiros e Relíquia) têm um tamanho médio de 207x63 cms, o que os torna compatíveis com as medidas dos quadros do inventário, embora sujeitos a cortes na ordem dos 13x47 cm. Contudo, não é aceitável que o inventariante tenha descrito qualquer uma das cenas destes quatro Painéis como relativas à Vida de S. Vicente quando, ao longo do Inventário, demonstrou conhecimentos razoáveis de iconografia na narração de outros quadros.

o   Para além disso, estes quatro painéis já se encontravam ligados, dois a dois, desde o final do século XVII de acordo com o parecer conjunto de Luciano Freire[4] e José de Figueiredo, quando analisaram os restauros anteriores que os Painéis sofrido[5]: “Desta época [ainda no século XVII] data também a transformação das quatro meias portas em dois quadros…”

  ·   Os restantes dois painéis deste grupo têm medidas individuais bastante significativas, 15x8 palmos, o que equivale a 330x176 cm. Deste modo:

o   Os Painéis de maior dimensão (Infante e Arcebispo), não podem ser excluídos mas, cada um teria que sofrer um corte na ordem dos 124x48 cm, o que seria demasiado.

o Contudo, reparamos que estes dois painéis são os únicos do grupo com molduras “anogueiradas” e não douradas como os restantes, o que nos levou a pesquisar a cor que as molduras dos Painéis teriam quando foram encontrados em 1883 no mosteiro de S. Vicente de Fora[6]. E, de facto, verificámos que Joaquim de Vasconcelos, o primeiro autor a escrever sobre os Painéis em 1895, quando estes ainda se encontravam neste Mosteiro, disse que eram douradas[7]: “b) Dimensões. São exactamente medidas. Alt. 2m,06. Larg. 1m,23 iguaes nos quatro. Com a moldura lisa, antiga, com um douramento amortecido, mais 0m,25”, de onde concluímos que aqueles dois grandes quadros também não podem corresponder aos Painéis.

  

Grupo III

Resta a análise aos nove painéis executados sobre madeira, discriminados em três itens e que não têm qualquer descrição, isto é:

·     O primeiro refere que são quatro painéis cujas dimensões e formatos (3 palmos altura x 8 largura >> 66x176cm), não são aceitáveis, apesar de ser salientado que se trata de pintura gótica.

·    O segundo também é de excluir pelo seu reduzido tamanho (3,5 palmos altura x 2,5 largura >> 77x55cm)

·   Sobra o último item composto por quatro painéis que, pelas suas medidas (12 palmos alto x 4 largo >> 264x88cm), poderiam corresponder aos actuais quatro Painéis laterais – Frades, Pescadores, Cavaleiros, Relíquia – com um tamanho médio de 207x64 cm, mas que implicaria um corte individual de 57x24 cm:

o    Será que o inventariante, colocado perante uns quadros com muitas figuras cujas poses seriam inéditas e/ou muito afastadas de qualquer tema ou representação religiosa, se limitou a não os descrever dada a dificuldade em o fazer sinteticamente?

o    Contudo, na data em que foi realizado este inventário, estes quatro painéis já se encontravam ligados, formando dois pares, como já o comprovámos atrás…

 

Finalmente, é de afastar a hipótese de qualquer um dos dezaséis painéis do cadeiral dos cónegos da capela-mor da Sé de Lisboa, referidos por D. Rodrigo da Cunha[8], poder estar incluído neste inventário, desde logo pela ausência de qualquer referência ao dístico em latim:

 

O restante da capella mòr com tem em 16. paineis, que ficam sobre as cadeiras dos conegos, muitos milagres do santo, pintados de boa mao, & declarados de igual pena, cadahum em seu distico latino.

 

As medidas (214x138 cm) de um quadro sobrevivente deste conjunto contribui igualmente para inviabilizar tal suposição[9].

 

O inventário de 1754 vs. o de 1821

A parte do inventário de 1821, também realizado aos bens da Mitra de Marvila, que já analisámos em estudos anteriores[10], permite validar o presente inventário de 1754, do mesmo modo que este confirma o de 1821, dadas as coincidências das referências a catorze painéis com o tema de S. Vicente e às quatro tábuas relativas aos Santos.

Porém, o inventário 1821 revela um pouco mais sobre as cenas patentes nos painéis de S. Vicente dado que cita a presença, em dois painéis, “de um rei, de relíquias e de milagres” e, num outro, relata a existência de “um cofre com relíquias, de vários religiosos e também de um rei”.

Verifica-se que, neste intervalo de 67 anos, ocorreram algumas alterações (ver adiante as tabelas comparativas):

·  Mudanças na localização dos painéis de S. Vicente que, anteriormente estavam em duas divisões, foram depois repartidos por cinco divisões, e os Santos que se encontravam na mesma sala aparecem agora em duas.

·   Eventualmente devido a estas deslocações e de modo a se inserirem nos novos espaços ou decorações, constata-se que todos sofreram reduções nas suas dimensões.

·   Dado que se mantiveram as mesmas molduras (reconhecidas através das respectivas cores descritas nos dois inventários) deduz-se que estas acompanharam a redução das dimensões destes painéis.

 

Recordemos as descrições constantes no inventário de 1821 relativas aos painéis da Vida e Milagres de S. Vicente[11]:

  • Dois Painéis de quatro palmos de Largo e outo[12] de Alto molduras douradas, com a pintura em Taboa da Vida de Santo Vicente [Primeira Caza]
  • Dois painéis de oito palmos e mais de alto e quatro de Largo com Molduras douradas em Taboa da Vida de Sam Vicente. [Andar Nobre e Primeira Sala]
  • Dois painéis de quaze oito palmos de largo e honze de Alto com Molduras de Nogueira em pau Relativos a Sam Vicente Mártir e mais relíquias e milagres e agradecendo a elle hum Rei.
  • Dois Painéis de quatro palmos de largo e mais de oito de Alto pintados em taboa que tracta de Milagres do Santo asima. [2ª sala]
  • Hum painel de sinco palmos de largo e mais de oito de Alto pintado em taboa e representando o Cofre das Relíquias do ditto Santo assistido de hum Rei e vários religiosos e outras pessoas com Moldura dourada. [2ª sala do Andar Nobre]”
  • Dois Painéis de quaze Sinco palmos de largo e nove[13] de Alto molduras douradas pintura em tábua que tratão dos milagres de Sam Vicente Martir. [Quinta Salla]
  • Hum Painel pouco mais pequeno da mesma Pintura em Pau de Milagres do mesmo Santo.
  • Dois Painéis de sinco palmos de largo e oito de Alto molduras douradas pintados em taboa de hum Milagre de Sam Vicente Mártir. [Sexta Salla que he a Câmara]

 

Os quatro Santos foram descritos neste inventário de 1821 do seguinte modo[14]:

  • Hum pajnel de vara de largo e vara e meia de alto moldura dourada pintura em taboa de hum prelado presentando de alua, mitra e bago.
  • Hum painel de mais de sinco palmos de largo e seis de alto com moldura dourada e pintura de sam Francisco com o cruxeficio na mão.
  • Dois paineis de sinco palmos de largo e oito de alto com moldura preta e filetos dourados hum com pintura de sam Pedro e outro de Sam Paulo muito antigos.

 

Tabelas comparativas

As duas tabelas seguintes apresentam um resumo do essencial que extraímos dos dois inventários e a sua comparação com os actuais Painéis, Martírios e Santos.

No caso da tábua e meia dos Martírios verifica-se que as suas dimensões são ligeiramente superiores às medidas dos painéis descritos inventário de 1821 como Vida de S. Vicente ou Milagres de S. Vicente, o que poderá, eventualmente, pôr em causa o facto, geralmente assumido, de que estas tábuas seriam as únicas sobreviventes do Retábulo de S. Vicente…

Quanto aos Santos nota-se que, no espaço de tempo decorrido entre os dois inventários, houve uma primeira tenção de igualar as dimensões dos painéis de S. Pedro e de S. Paulo às medidas dos outros dois santos, Sto. Ildefonso e S. Francisco (176x110 cms) só que depois, estes dois sofreram cortes nas suas alturas.




 



[1] http://acasasenhorial.org

[2] Torre do Tombo, Orfanológicos, Letra C, Maço 82, nº1

[5] FIGUEIREDO, José de – O Pintor Nuno Gonçalves, 1910, p.39

[6] No Inventário de 1821 estes dois painéis mantêm as “molduras de nogueira”

[8] CUNHA, D. Rodrigo da – História Ecclesiastica da Igreja de Lisboa, 1642.

[9] http://www.matriznet.dgpc.pt/ Veneração a S. Vicente, início séc. XVI, Amaro do Vale, MNAA

[10] Novos Documentos, Novas Revelações, 2014 // Os Painéis, o Retábulo de S. Vicente e os Documentos, 2019 

[11] SALDANHA, Nuno – Transitoriedade e Permanência: a Pintura de S. Vicente de Fora, 2010, (ANTT, Bens da Mitra, Mitra Patriarcal de Lisboa, s/ cota, 68 maços)

[12] Assumimos, erradamente, no nosso segundo estudo – Os Painéis de S. Vicente de Fora - Novos Documentos, Novas Revelações – que esta palavra seria “outro”, no sentido de “outros quatro palmos”, quando de facto deve ser lida como “oito”.

[13] Nos estudos anteriores utilizámos a medida (11 palmos) adiantada por Nuno Saldanha, apesar de ter notado a discrepância com o valor (9 palmos) publicado por Pedro Flor. Questionámos então estes autores sobre qual destas medidas é que estaria correcta ao que nos responderam que mantinham o valor que constava nos seus estudos… Faz-se agora a respectiva rectificação, apoiado nos dados do Inventário de 1754.

[14] FLOR, Pedro, – A Arte do Retrato em Portugal nos Séculos XV e XVI, 2010, (ANTT, Mitra Patriarcal de Lisboa, Maço 57, Inventário dos bens pertencentes ao Excelentissimo Cardial Patriarca, fls 64, 73v, 89v e 94)

[16] Inclui a descrição de relíquias, milagres e um rei agradecendo ao santo

[17] Inclui a descrição de um cofre com relíquias, religiosos e um rei

[18] Duplicámos a largura actual da meia-tábua

[19] Tal como foram encontrados no Mosteiro de S. Vicente de Fora, em 1883

[20] Prelado com alva, mitra e bago

[21] N.B.: Medidas expressas em varas, onde 1 vara = 110 cms

10 de março de 2021

Quem é quem, nos Painéis

No dia 9 de Fevereiro o jornal Público disponibilizou um “site” que reúne os artigos, que já publicou e que irá publicando, relativos ao restauro dos Painéis actualmente em curso.

O mesmo “site” apresenta também um levantamento das propostas que, cerca de 40 investigadores/estudiosos, avançaram para as identidades das figuras dos Painéis ao longo dos últimos 125 anos.
Contudo, verificámos a ausência das propostas de outros autores, que mereceriam ser mencionadas:
Visconde de Soveral – Novas apreciações de paineis antigos de auctores desconhecidos (190?)
João Luiz da Fonseca – Os Painéis chamados “de S. Vicente” (1927)
Rafael Monteiro – Ainda os painéis “de Nuno Gonçalves” (1973)
António Quadros – Os Painéis de Nuno Gonçalves e a “Religião de Avis” (1987)
Lita Scarlatti – Os Painéis de Nuno Gonçalves (1990)
Malcolm Howe – Portugal’s perplexing Panels (2001)
João David Zink – Os Painéis de S. Vicente de Fora (2004)
Paulo Martins Oliveira – Os Painéis de Avis (2011)
Bernard Gallagher – https://catchlight.blog/updates

15 de dezembro de 2020

DGPC / MatrizNet / Painéis


Podemos ler no “site” da DGPC http://www.matriznet.dgpc.pt/ :

“O MatrizNet é o catálogo coletivo on-line dos Museus da administração central do Estado Português, tutelados pela Direção-Geral do Património Cultural, pelas Direções Regionais de Cultura do Norte, Centro e Alentejo, assim como pela Parques de Sintra – Monte da Lua, permitindo atualmente o acesso a informação selecionada sobre mais de 100.000 bens culturais móveis”

Deste modo, acreditamos que a informação, que se encontra publicada neste “site”, seja fidedigna e esteja devidamente actualizada.

No entanto, constatamos que nas páginas relativas aos seis “Painéis de S. Vicente de Fora”, e nos pontos referentes à sua “Origem/Historial”, podemos ler que “O políptico pertenceu no século XVIII à Mitra Patriarcal e foi descoberto em 1882 no Paço de S. Vicente de Fora”.

Ora a primeira parte desta frase já não é compatível com os novos documentos divulgados na última década e a re-análise que desenvolvemos sobre os testemunhos anteriores.

Os inventários efectuados aos bens do palácio da Mitra Patriarcal (Marvila) em 1754 e 1821 são suficientemente elucidativos, dado que as dimensões de doze dos catorze painéis ali descritos, com cenas da vida e dos milagres de S. Vicente, já eram inferiores aos nossos seis Painéis.

Os restantes dois, com medidas bastante superiores, também não são aceitáveis devido ao pormenor, descritos nos dois inventários, de terem molduras cor de nogueira ao contrário dos Painéis que, quando foram descobertos, tinham emolduramento dourado.

(ver “Os Painéis, o Retábulo de S. Vicente e os Documentos” e “Os Painéis – Últimas Páginas”

26 de novembro de 2020

 

Disponibilizamos, gratuitamente, o 6º estudo
 que realizámos sobre os Painéis de S. Vicente de Fora (2020):

                           

Carregar neste "link" :

Analisa-se o Inventário de 1754 efectuado aos painéis do Retábulo de S. Vicente; apontam-se fortes indícios de que os Painéis sofreram influências da Flandres / Borgonha, visíveis no “peregrino” e no frade de barbas; estabelece-se uma ligação entre os Painéis e o conhecido fresco do Bom e Mau Juiz (Monsaraz); inserem-se os Painéis no contexto das medidas saídas do Concilio de Trento;...


2 de novembro de 2020

Coincidências ou talvez não?

 

Um antepassado de Jean Jouffroy? 

(c. 1425, Robert Campin, museu Thyssen-Bornemisza, Madrid)



O frade de barbas representará, também, Sto. André?

Stº André (séc. XVII/XVII, Autor anónimo, Igreja de Nossa Senhora da Caridade, Reguengos de Monsaraz - posição invertida para melhor comparação)